Estou numa fase de menos publicações online, mas não menos produtivas. Há já alguns meses que pouco respondo a open calls, mas por outro lado estou numa fase de edição do meu trabalho - tarefa a que me dedico periodicamente. Não quer dizer também que esta tarefa dê, para já, frutos. Eu sei que há muita ânsia para publicar, mas nem sempre vale a pena ter-se pressa…
A procura por uma editora que publique o nosso trabalho é uma tarefa hercúlea. Há sempre aquela editora, a que nós escolhemos, com a qual gostaríamos de publicar, o que não quer dizer que consigamos sequer que leiam o nosso trabalho. Não podemos fechar portas, apenas abrir, e não são poucos os contactos que efetuamos, os mails que mandamos, por aí fora. Sobre isso, consultem mesmo a newsletter 1% melhor.
Estou sempre a falar desta newsletter porque acho que vale mesmo a pena lê-la, apesar de nem sempre concordar com tudo. Para mim está ok, mas parece que desde a pandemia que ou se tem de concordar com tudo, ou de discordar com tudo. Acho que foi uma coisa que se herdou da política…
Para mim é difícil fazer um contrato, sobretudo porque já tive um contrato, que quanto mais tempo passa o acho cada vez melhor, com uma chancela da Porto Editora, a Coolbooks, que entretanto fechou. Como posso aceitar um contrato em que me peçam dinheiro pela publicação e exclusividade de 10 anos de publicação, se a própria Porto Editora nunca me exigiu isso? Impensável. Então rastreio as editoras, mas mesmo assim, acontece deixar passar alguma e ter uma resposta muito rápida com aquelas condições fabulosas… É que isto de publicar não é assim tão fácil como parece, sobretudo como alguém como eu que escreve sobretudo uma literatura marginal (conto e poesia estão cada vez mais marginais)
Mas o problema é que a moda agora é marcar com os autores reuniões no meet para apresentar as condições, ou, muito vagamente, para dizer que depois enviam as condições. Já sabia dessas reuniões pela Soares de Albuquerque da 1% melhor, e sinceramente, se tivesse tido uma reunião como a dela tinha dito logo meia dúzia de bocas foleiras. Não que eu seja propriamente uma pessoa franca: mas às vezes sou, e quando sou as pessoas não gostam nada. Quem me conhece bem sabe o perigo que é colocar-me um microfone à frente dos lábios. Isto tudo para dizer que tive recentemente contactos bem estranhos que não deram em nada, mas para as quais eu tive logo red alerts. Para já, colocar responsabilidade em estagiários, que nunca a deveriam ter. É que há pessoas que para provar que são boas precisam de ofender e rebaixar os outros. Isso comigo não pega, até porque eu tenho muitos anos disto em cima, já estive em muitos projetos, sei como tudo funciona, e se não escrevo comercial é porque não me apetece e me faltam ideias. Ok, ninguém é perfeito. Outro red alert é uma conversa muito vaga, que nos dá ideia que não leram nada do que enviámos, e queriam mesmo saber se iam com a nossa cara. E depois a desculpa, somos uma editora pequenina, só publicamos mediante uma comparticipação. Atenção que eu até nem sou contra isso. Sou é contra enrolos.
Garanto-vos: quando alguém nos quer publicar é direto.
Uma vez que recebes esta newsletter no mail, podes sempre partilhá-la com os teus contactos que achas que se vão interessar.
Novidades
Poema “Nos meus pés…” na edição digital de Maio da Revista Ofélia.
O telemóvel, crónica no Repórter Sombra.
Estive na Casa Álvaro de Campos, em Tavira, na companhia do Vítor Encarnação, para apresentação do nosso trabalho e da ASSESTA
E vou regressar a Tavira. à Casa Álvaro de Campos, já no próximo sábado, para apresentar o livro da Luísa Demétrio Raposo.
Testemunhos
Obrigada pelas tuas sempre simpáticas palavras, Rui Alex. Podem sempre passar pelo blog dele, com contos e BDs para ler!
Recomendações
Clara Andrade vence prémio nacional de poesia com “Gineceu”. A autora adiantou que a obra será editada em junho próximo.
Leitura é fundamental para reduzir o stresse e melhorar a concentração
Boop: a nova app portuguesa que é uma espécie de Vinted dos livros
Recordar
Publicado inicialmente no DN Jovem nos anos 90. Na revista Literária Sítio. Torres Vedras: 2014 Está presente no livro Contos Breves (2015).
Hoje deixo por aqui uma sondagem porque desconfio que a aplicação nem sempre envia a newsletter para os emails, ou pelo menos para todos os emails. E se tiveres alguma coisa a dizer não existes a responder a este mail ou a enviar uma mensagem.
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Os meus livros infantis, que continuam disponíveis na Amazon.
Se me quiserem encomendar o livro diretamente podem contactar-me pelos meios habituais: https://linktr.ee/olindagil Também estão disponíveis em ebook, nos canais habituais.
Obrigado por partilhares o meu blogue :)
Cheirinho a 2 editoras que conheço e me fazem querer ser independente!